Fixar o momento, guardar um flash do presente, tocar levemente o coração das coisas é talvez a grande razão da arte e o sentido da memória. E o que pode ser mais fugaz que a dança da luz na água? O fim de sua viagem estelar em uma cascada rio abaixo, na curvatura de uma onda que se esgota ou no espelho de um lago. Essa missão, que foi realizada por inúmeros artistas, de Turner a Sorolla, é a do fotógrafo Javier Vallhonrat, Prêmio Nacional de Fotografia, em seu projeto Cadernos de Campo, uma colaboração da ACCIONA com a PhotoESPAÑA e o Patrimônio Nacional no Real Sítio de La Granja. Esse é o ponto de partida de nosso documentário “Os Engenhos de Água”.
Viajamos com Javier Vallhonrat a esse maravilhoso exemplo da tecnologia hidráulica e do encontro do ser humano com a natureza que é o Real Sítio de La Granja. Lá conhecemos um legado centenário e um homem simples, mas cheio de verdades, que cuida com as mãos do que o fotógrafo capta com o olhar. Ele se chama Luis Vallejo, que é filho e sobrinho de quem cuida da água que passa por este conjunto monumental há séculos.
Há uma terceira pessoa nesta história. Ela fala sobre a técnica e a inteligência para fazer com que a água chegue a todos, para tornar realidade um direito, o da água potável, que muitos ainda não têm acesso. O nome dela é Ana Jiménez, diretora de gerenciamento de Inovação da Água na ACCIONA, que vai compartilhar lições valiosas sobre sustentabilidade dos sistemas hidráulicos de La Granja e da tecnologia atual para fazer que cada gota conte.
A água e a luz podem ser fugazes em seu curso, mas quisemos captar algo do que os protagonistas desta história viram e refletiram. Esse é o objetivo do trabalho “Os Engenhos de Água”, um delicado documentário dividido em três episódios criado pela ACCIONA em colaboração com a PHotoESPAÑA e o Patrimônio Nacional e produzido pela Dadá Films, que convidamos você a conferir nesta reportagem.